É assim

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Maia, Portugal
não falo, não suspiro, não pestanejo, não rio, não choro. apenas escrevo...

Companhias

sábado, 6 de outubro de 2012

Hard weeks

Quando me falam em pais, família e bom ambiente familiar, a minha reação é chorar.
Hoje, mais que em qualquer outro dia, necessito de desabafar. Mas não sei com quem. Sinto que ninguém me pode ajudar e que ninguém irá ter as palavras certas e que eu necessito para me poder sentir melhor e fazer com que as coisas melhorem. Tenho andado distante e perdida. O ambiente em casa anda péssimo há cerca de duas semanas. Os meus pais mal se falam e eu sinto-me inútil porque não consigo fazer nada para que essa situação melhore. Socorro! Preciso que melhores dias venham e que tudo o que está negro fique o mais claro possível. Quando estou sozinha só tenho vontade de chorar, porque nunca tinha estado perante uma situação destas, grave da maneira que é. Que posso eu fazer para que tudo melhore e volte à normalidade que era? Uma família unida, com os seus problemas como é óbvio, mas problemas de momento e que passado pouco tempo se resolviam e desapareciam. Nada como têm sido estas semanas: infernais, pesadas. Ter que ouvir algo como "ou as coisas mudam ou vai cada um para seu lado", faz de mim a filha mais triste. Mas tento com que eles não percebam isso; não os quero preocupar nem criar mais um problema. No entanto, na verdade, sinto-me no fundo do poço. Sinto que isto nunca mais vai passar e que as coisas tendem a ficar piores. Porque é que estas situações não acontecem só às más pessoas? Porque é que quando algo está bem, existe sempre um mínimo acontecimento que vem estragar tudo? Necessito de paz na minha família, preciso que haja tranquilidade mútua e com isso um ambiente bom e natural. Tento acreditar que uma família não acaba assim, mas parece que ultimamente só tenho provas do contrário. Agora percebo quando alguém se queixa que tem problemas em casa. E quem me dera não perceber... Mas ainda existe uma esperança dentro de mim para que tudo melhore, porque a minha família É TUDO PARA MIM!

quarta-feira, 16 de março de 2011

neste momento, ODEIO-TE

Despreso? A melhor palavra empregue.
Saber que temos um amigo 100% presente para nós, que nos sabe ouvir, que só quer o nosso bem, que diz "AMO-TE" a qualquer altura e "ÉS LINDA" a toda a hora. E de um momento para o outro a beleza dessa amizade transforma-se num pesadelo. O pesadelo de uma mudança radical, de discussões constantes, de palvras pesadas e lágrimas cansativas. O que era perfeito tornou-se imperfeito. O presente tornou-se passado. E o futuro evaporou-se.
Chegar ao ponto de ser tratada abaixo de cão, como se nada se tivesse construído.
"Finalmente vi-me livre de ti ja viste"; "Que favor que me fazes sou tao sincero , é que depois de uma semana a discutir finalmente tenho paz".
Depois disto? Depois disto penso que tudo foi em vão, que a nossa amizade fracassou a este ponto, que tu mudaste, que tu foste aquele que eu nunca conheci, que tornaste as coisas um descalabro e que nunca foste realmente sincero comigo. 
Porque amigos não fazem estas coisas. Não dizem "Amo-te" e um dia mais tarde "Não me chateies mais". Por isso é que um "Amo-te" quando dito da boca para fora, tem que ser sincero, verdadeiro, certeiro e não ser dito a qualquer pessoa, em qualquer altura, em símbolo de algum dia ser em vão. Um "Amo-te" fica para sempre, seja de que maneira for. E o teu "Amo-te" para mim desmontou-se letra por letra. Apesar de ser uma palavra tão fácil de ser relembrada e utilizada, mas tão difícil de ser esquecida, vai ser eliminada de qualquer jeito...

quinta-feira, 10 de março de 2011

i don't know... but i like you...

Tento falar para ti com a maior das simplicidades. Tento incorporar-te no meu mundo com a maior das facilidades. Tento fazer com pareças igual, mas não está fácil. Os dias tornaram-se diferentes desde que apareceste. Quando olho para ti, os segundos passam a voar. Quando te vejo, os meus dias ganham brilho e um sol radiante aparece mesmo num dia de tempestade. Quando não te vejo, os meus dias tornam-se cinzentos mesmo num dia de sol radiante. Existe algo em ti que faz com que o meu coração acelere cada vez que miro um mínimo cabelo teu que seja. Desejo que os intervalos cheguem rápido e que demorem a passar. Anseio tocar-te nem que seja com um dedo. Espero por sentir o teu odor. Recordo o tempo que passei contigo. Os mínimos momentos que estivemos juntos não foram suficientes para acabar com a minha ânsia de te ter perto de mim, mas foram bastantes para que já sinta saudades. Pelas milhentas mensagens que já trocamos desde que nos conhecemos. Manhã, tarde e noite. Todo o dia, todos os dias. Sou capaz de ficar horas e horas a olhar para uma fotografia tua. És diferente, eu sei e sinto isso. Não tem explicação, não sei o porquê de muita coisa que gira à nossa volta. Será que estou iludida? Também não sei. Hei-de acreditar no que sinto? Acredito pois. Não tenho dúvidas do meu sentimento. De certa forma não me arrependo de sentir o que sinto. Porque apesar de saber que vai ser a batalha mais complicada, difícil e talvez dolorosa que alguma vez imaginei, sei que não vou desistir ...


... porque estar apaixonado é a melhor sensação do mundo !

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

domingo, 16 de janeiro de 2011

Sente a liberdade, sente o meu calor, tudo em meu redor se quiseres pode ser teu. Leva-me daqui, foge comigo, mostra-me um caminho, mesmo que seja um labirinto. Estou pronta a apostar e a lutar, ensina-me a seguir os teus passos.
Juntos construímos o nosso mundo.
Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam. Não é bonito, mas é profundo.

 Um dia farei de ti a pessoa mais feliz do mundo.


Um dia, vou encontrar o fim do arco-íris.


Paixão é para os desportistas e eu acabei de arrumar as botas.


Um dia pergunto o teu nome.


Todos os caminhos do mundo me levam de volta a ti.


Um dia vou deixar de pensar em ti e seguir em frente.


Um dia digo-te porque é que gosto de ti.


Porque é que as coisas que podiam e deviam ter acontecido não acontecem?


Um dia voltarás para mim.


Um dia… serás meu.


Um dia saberás o quanto te amo.


Um dia vou vestir o teu pijama.


Um dia vou falar menos e ouvir mais.


Um dia levo para casa um cão abandonado.


Um dia danço contigo no meio da rua.


Um dia esqueço tudo e luto por alguém.


Um dia digo-te o que perdeste por estares longe de mim.


Um dia colocas um ponto final na nossa história. Mas não te apercebeste que enquanto procuravas a caneta, já eu lia outro livro

Um dia vou vender a alma ao diabo mas ele não vai querer comprar


Um dia dispo-te de preconceitos. O mais literalmente possível..


Um dia deixo de sofrer por amor. E começo a sofrer pela falta dele.



Um dia vou perceber que as frases que vêm nos pacotes de açúcar não têm qualquer significado


A vida é cheia de emoções e por vezes pode ser áspera. No entanto é cheia de calafrios e pode ser difícil. Tomada de decisões, preenchimentos de sonhos, a escolher o futuro. Não é fácil lidar com a pressão, lidar com a escola. As pessoas criticam, fazem parecermos idiotas. Drama e fofocas a flutuar, enquanto as pessoas estão a falar. Nenhuma verdade há-de ser encontrada. Sair com os amigos e a diversão nunca termina. Cuidado em quem confias e deves assumir os teus riscos. Partes todos os encantos, sorris todos os dias e esqueces todos os teus problemas. É o melhor caminho.


Só sei que estou sã. Acredita que podes fazer isso. Vive a tua vida ao máximo e não tentes estraga-la.

indispensável

A música, a minha fiel companhia. Atura-me em qualquer fase do meu estado de espírito, faz-me companhia a qualquer altura do dia. Quando estou bem, é com ela que sorrio e me sinto tranquila, e quando estou mal é quando mais preciso dela para me libertar e deixar escorrer aquela lágrima que estava presa e não se queria soltar. Gosto principalmente daquela música que seja tocada na guitarra, aquele som por vezes suave que entra pelo ouvido, permanece la e que, muitas das vezes, penetra no coração. Sem uns fones nos ouvidos a ouvir a música que me faz arrepiar por saber que existe um alguém que toque ou que cante maravilhosamente, «sou mais um corpo, mais um numero

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

batalha perdida

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

sem palavras

Assisti, chorei, tive boas e más recordações e não consigo nem imaginar-me naquela situação.
é tudo.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Saturei. Fazes-me Chorar

era contigo que ia

Conheci-te ... Conheceste.me
Começamos a falar ... Não me largavas
Tínhamos uma conversa ... Manifestavas interesse
Dizia-te o quão eras bonito ... Retribuías-me
Tinha muita vontade de estar contigo ... Tinhas ainda mais vontade de estar comigo
Falavamos horas a fio ... Ficavas contente
Fizemos promessas ... Estavas deslumbrado
Combinamos um encontro ... Não apareceste
Mandei-te mensagem... Disseste que adormeceste
Discuti ... Não te importaste
Estava chateada ... Pediste desculpa
Tentava manter uma conversa ... Deixavas de responder
Falavamos pouco ... Desinteressaste-te
Conseguia dizer alguma coisa ... Não respondias
Conheci-te ... E deixaste-me




Conheceste-me ... Conheci-te
Começamos a falar ... Fiquei entusiasmada
Tínhamos uma conversa ... Estava interessada
Dizias-me o quão eu era bonita ... Retribuía-te
Tinhas uma grande vontade de estar comigo ... Tinha uma vontade ainda maior de estar contigo
Falavamos horas a fio ... Confiava em ti
Fizemos promessas ... Estava impressionada
Combinamos um encontro ... Desiludiste-me
Mandaste-me mensagem ... Estava chateada
Não te importaste ... Discuti
Pediste desculpa ... Estava decepcionada
Deixavas de responder ... Insistia
Desinteressaste-te ... Fiquei perdida
Não respondias ... Perdi a esperança
Conheceste-me ... E eu estou aqui

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

não consigo amar... desde aquele dia...

Frustração permanece no meu estado. Não consigo falar o que devia e estou a ser hipócrita e falsa ao ponto de não expulsar a mágoa que tem corrido ao longo dos dias. "Está tudo bem" , "Isto passa" , "Não há-de ser nada" , "Deixa andar" , são pensamentos diários e enganadores. Porque é que não consigo encarar a realidade? Porque é que não consigo fazer com que as palavras certas e verdadeiras saiam? Talvez porque tenho medo. Medo de magoar, mais uma vez. Medo de ser mal interpretada. Medo de perder. Porque é que tentei conquistar e agora só quero desistir? Porque é que estava contente e deslumbrada e agora estou triste e sufocada? Há coisas que são demasiado fáceis e «facilidades não se conjugam comigo». Mas porquê? Porquê e para quê complicar o que está fácil de se ver e de se conseguir? Não entendo. Sinceramente isto passa-me ao lado e é uma das muitas e pesadas questões que nunca irei entender nem conseguir interpretar.

Desde aquele dia, desde aquele santo dia que me disseste que tudo acabou, que não havia mais por onde agarrar, que a solução do problema tinha diluído e que nunca mais iria flutuar, nunca mais fui a mesma.
Eu amava-te. Foste o primeiro amor da minha vida e foi desde aí que tudo mudou. Contigo passei por experiências incríveis, cresci, evoluí, aprendi. Foi um acumular de situaçoes que só eu consigo sentir e guardar, completamente impossíveis de exprimir. Foste um tudo e contigo eu era tudo e agora tornei-me num nada. Não te culpo por nenhuma situaçao nem por nenhum problema hoje existente, porque tu és tu e sempre serás. Mas foi a partir daquele dia que fiquei assim.

Comecei a ser hipócrita com os meus sentimentos. Comecei a conquistar e a fazer com que me conquistassem para depois chegar ao fim e desistir, porque deixei de gostar, porque já não sinto nada, porque a pessoa já não significa nada para mim, por estar a ser demasiado fácil.

Terei eu algum problema? Tenho reparado que preciso de ser alvo de constante tristeza para perceber que perdi quem gostava realmente de mim e que só quando não temos connosco quem nos ama mesmo, é que percebemos as asneiras e os erros que cometemos em magoarmos essas pessoas.

Mas quem sou eu? Mas o que faço eu? Mas que digo eu? Sou uma miúda de 16 anos que pensa, divaga, explora, questiona-se e já tem este tipo de problemas? Se é que se pode chamar como tal. Penso assim, mas também penso no que pode ter surgido, o que pode ter acontecido com o meu sistema sentimental, que afectou este pedaço meu tão importante e essencial na minha vida, desde aquele dia...

Pelos vistos tenho prazer em andar em baixo de forma e triste comigo mesma para perceber o quão as pessoas significam para mim. Por isso, quando tentarem apenas falar comigo, lembrem-se que as facilidades não estão no mesmo plano que eu e que gosto de lutar por aquilo que quero e não ter o que desejo sem suar para o conseguir.

Já não sei o que digo, nem como reagir nem tão pouco o que fazer ou como actuar, apenas quero encontrar a saída deste gigante labirinto que me vem a atormentar desde aquele dia...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Desesperadamente Desesperada

NÃO, PAROU TUDO!
Podem não ser as melhores palavras, nem tão bem utilizadas e empregues, mas eu quero explodir. Não sei o quê nem sobre quê, mas eu preciso. Não teem sido os melhores dias, nem os melhores momentos. Falta-me sentir aquele fogo de sair e viver e fazer e acontecer.
Falta-me alguém do meu lado que me acorde com um telefonema ou uma simples mensagem, que me diga adoro-te seja qual for a altura, que suporte as minhas más disposições e mudanças de humor e estado de espírito; que me beije a testa com a mesma intensidade que me beija os lábios, que me faça suspirar de alegria e que me leve a passear enquanto nos rimos ou sorrimos. Que me faça sentir única e especial e que seja diferente; que faça entregar-lhe o meu tão precioso e amoroso coração e, que, principalmente, saiba cuidar dele como se ele fosse de porcelana.
Não, os Homens não são todos iguais. Não, os Homens não são todos uns bois. Sim, os Homens são uma das melhores coisas na vida das Mulheres. Quando encontramos o tal, não queremos outra coisa. Quando o tal nos desilude, continuamos a gostar dele, chamamos os nomes mais horríveis, mas são ditos da boca para fora, porque o que realmente sentimos nós sabemos e conseguimos distinguir.
E o mesmo acontece com as Mulheres. Tal como um Homem é fundamental na vida de uma Mulher, uma Mulher é fundamental na vida de um Homem. Manteem assim uma relação de simbiose: precisam exactamente um do outro para VIVER, REPRODUZIR E SER FELIZ, respectivamente.

Mas porque é que continuamos atrás de uma pessoa que não nos faz feliz? Porque é que continuamos a gostar de uma pessoa que às vezes só nos traz infelicidade, quando deveria ser exactamente o contrário? Porque é que essa pessoa não nos sai da cabeça? PORQUÊ?
Não entendo certo tipo de situações. Não entendo porque é que quando estamos minimamente bem com uma pessoa e sentimos que ela gosta de nós, ter que haver motivos para ficar mal e para haver separações, quando pelo menos uma das pessoas gosta. É complicado, estranho, sinistro, sombrio ..

(...) Mas quando tento com que faça valer a pena, quando sinto aquela atracção ou seja o que for que me faz lutar e acreditar, remo sozinha, sou a única a puxar o barco em direcção à corrente. Talvez não seja a altura certa para conseguir um algo mais e sério, mas também preciso de me sentir aconchegada com aquele tão conhecido e arrepiante toque masculino. Existem sempre aquelas excepções. E eu não sou diferente de ninguém... E sou Mulher...

domingo, 8 de agosto de 2010

Às vezes mais vale nem dizer nada ..

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sérgio Peixoto

Pela primeira vez senti saudades tuas. Mas saudades reais e que geram tristeza. Preciso de sentir-te junto a mim e falar contigo serenamente. Quero estar contigo para me tranquilizar. És demais e não desisto do sentimento. Prefiro deixar outros em vez de ti. Cativaste-me com a tua maneira de ser, pelas tantas horas que falamos mal nos conhecemos.  E mesmo com esse teu feitio, eu aguento-te. Porque és tu...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Nunca me esqueci de vocês

Tenho saudades dos maravilhosos amigos que fiz o ano passado no campismo. Eles sim apareceram na altura certa e fizeram com que as minhas férias se tornassem nas melhores que alguma vez já passei.
Eu estava com a Rita, a minha prima, na sala de convívio, penso que foi no primeiro ou segundo dia, e estava lá também um grupo de rapazes e raparigas que vieram ter connosco na maior das inocências e quiseram conhecer-nos. Eram então o Fred, a Ana Catarina, a Catarina, o Afonso, o Carlos, o Rui, o Fábio, o Diogo, a Mafalda e a Sofia. Convidaram-nos logo para à noite estarmos com eles, mas tínhamos acabado de conhece-los por isso recusamos e dissemos que ficava para o dia seguinte. Dito e feito. No dia seguinte sempre que passávamos por eles, eles cumprimentavam-nos e diziam que à noite nos vinham buscar à tenda. Andavam sempre todos juntos. De manha fomos para a praia e à tarde decidimos ir ter com eles. Eles levaram-nos até ao campo de futebol que havia fora do parque: queriam jogar. De seguida corremos para a piscina, estava um calor abrasador. Aí ficamos com o número uns dos outros para podermos combinar. Ao final da tarde fomos tomar banho todos juntos e combinamos então encontrarmo-nos na sala de convívio. Eles eram imensamente porreiros e boa onda. Chegou à noite e juntamo-nos todos. Era noite de karaoke e nós fugimos dali e fomos para perto das piscinas. Eu gritava interiormente: Socorro, o Fred está a dar cabo de mim. Ele era lindo. As nossas trocas de olhares não paravam e as mensagens eram instantâneas. Chegou a altura de me recolher para a tenda, prometi-lhe que nos víamos no dia seguinte, mas para ele isso não bastava. Agarrou-me e disse-me nos olhos: Não vás embora, fica aqui comigo. E eu respondi-lhe: Dá-me uma boa razão para ficar aqui. E ele beijou-me e disse-me: esta é a boa razão. Caí redonda nos braços dele e fiquei ali com ele. Com ele e não só, ficamos todos juntos. Fomos para perto da casa dele e sentamo-nos no chão a conversar. As horas voaram. No dia seguinte de manha ele veio-me buscar a tenda para irmos para a piscina. Agarrou na minha mão e entrelaçou-a na dele. Tratou-me como uma namorada. Estava totalmente apanhada por ele, sentia-me óptima ao lado dele. Nesse mesmo dia deu-me a triste notícia que no fim-de-semana ia embora porque tinha um casamento. Era sexta-feira. Fiquei de rastos. Aproveitamos bem o último dia e trocamos uma pulseira. Ao início da tarde chegou a dolorosa e triste despedida. Chorei como uma desalmada e vi o brilho nos olhos dele. Só me abraçava e implorava para não ficar naquele estado e apara aproveitar bem as férias. Virei costas e segui o meu caminho. Olhei para trás e lá ia ele… Mas tudo continuou. Com ou sem ele, teve que continuar. E assim foi. Juntei-me ao nosso grupo e estava tudo um pouco em baixo por causa do Fred ir embora. Mas passou, como tudo, e continuei a aproveitar o resto das férias no parque e fomos todos para a piscina. Os dias passavam e começava a malta a ir toda embora. Cada um me tinha marcado com o seu jeitinho. Ana Catarina – a mais querida; Catarina – a mais maluca; Afonso – o mais chato; Carlos – o mais falador; Rui – o mais divertido; Fábio – o mais velho; Diogo – o mais fofinho; Mafalda – a mais acanhada; Sofia – a mini mulherzinha; Fred - o melhor. Passamos dias todos juntos, na piscina, à noite na praia, na sala de convívio, na sala de jogos, nas tendas, pelo parque, em todos os sítios íamos juntos. Mas como começou a ir tudo embora e só a ficarem alguns, decidimos que tínhamos que conhecer gente nova, não podíamos ficar tão pouquinhos nos últimos dias. Foi então que num dia à noite à porta da sala de convívio, conheci o Leo, o malabarista mais branquelas do Universo que dava de certa forma espectáculos à noite na sala de convívio. Um rapazinho um tanto para o tímido, mas com a sua piada de querer falar. Tinha uma crista enorme, gigante, naquele cabelo loiro mesmo à inglês e o telemóvel dele era o 3310 e não tinha algumas teclas, por isso ele andava sempre com uma caneta atrás e chamava o telemóvel de PDA. Ficou com o meu numero e apelidou-me com a alcunha de "Chouriça" e, assim sendo, "Chouriço" também ele ficou. Adorava beber cerveja e fazer-me companhia na sala de convívio. Ficou com um texto que eu escrevi na piscina e prometeu cola-lo na parede do quarto. No dia seguinte à noite encontramo-nos todos e ele estava com um enorme escaldão nas costas e na cara, era definitivamente um albininho. No dia da desesperada despedida, dei-lhe dois beijinhos e um enorme abraço: NÃO TE VOU ESQUECER NUNCA CHOURIÇO. Sim, porque ele foi um dos que esteve presente até à nossa saída do parque de campismo. Ainda lhe disse adeus pelo vidro…; conheci o Coelho, o rapaz das explicações. Tudo o que ele dizia tinha que ter uma teoria, mas uma teoria aceitável pela parte dele. Detalhava tudo o que dizia ao maior pormenor e nunca estava calado. Ah, para não dizer que ele é que tinha sempre razão e contradizia tudo o que alguém expunha. Ele comia mortalhas e andava sempre com o Leo: tinham ido de férias juntos. Divertia-se a atirar o telemóvel do Leo para o chão e como consequência disso, andávamos todos no chão atrás das teclas. «Vês Coelho, agora o telemóvel não liga!». Ele foi outro que esteve presente na nossa despedida e foi sempre um rapaz muito atencioso; conheci o Samuel, conheci-o à custa do Leo e do Coelho, pois eles já se conheciam. A primeira vez que estivemos juntos foi num bar da praia quando o Leo e o Coelho nos convidaram para nos sentarmos com eles. E conheci também o Filipe, um amigo do Samuel; O Filipe não era um rapaz de muitas palavras, mas mantinha uma boa conversa. Tinha um olho verde e outro castanho, o que me fascinou, eram lindos. Era simpático e prestável, tinha o seu encanto, mas o Samuel era um rapaz que dava nas vistas e por isso despertou a minha atenção desde a primeira vez que o olhei nos olhos. Apresentamo-nos e passado um bocado tivemos que vir embora. Ficamos de nos encontrar na sala de convívio e assim foi. Ficamos lá até tarde. O Samuel tinha vestido umas calças de ganga claras com um buraquinho. Fomos todos até ao parque dos putos conversar um bocadinho, e ficamos lá ainda algum tempo. Eu sentei-me no escorrega com o Samuel e ainda nos rimos bastante à custa disso. O segurança já andava atrás de nós por causa do barulho que estávamos a fazer e então chegou a hora de ir para a tenda. Ao virmos embora, o Samuel pediu-me o número e disse que eu tinha o cabelo bonito, que gostava. Mandou-me mensagem e pediu-me para ir ter com ele, mas já era tarde e disse que não. No dia seguinte à noite voltamos a encontrarmo-nos na sala de convívio e desta vez viemos embora de lá para a tenda mesmo muito tarde. Mas foi uma noite memorável, foi a última noite. Saímos da sala e fomos dar uma volta maior, fomos pelas piscinas, porque o Samuel e o Filipe ficavam por esses lados. Ao despedir-me do Samuel, beijamo-nos. Fiquei um pouco constrangida e tinha que vir embora. Era a minha última noite no parque e não o ia ver tão cedo. Alias, acho que naquela noite foi a última vez que o vi. Mas a partir daí começamos a falar todos os dias, inclusive quando começaram as aulas. Estava fascinada, adorava-o. Adorava-o e adoro-o…
E assim se passaram 9 dias de férias no parque de campismo de São Pedro de Moel (19, 20,21,22,23,24,25,26 e 27 de Agosto), as melhores férias que já tive. Se pudesse voltava lá este ano e repetia o ritual do ano passado, sem tirar nem pôr. Tenho saudades, imensas saudades deles todos sem excluir ninguém. Só eu sei o quão me custa estar longe deles…

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sem título

E foi assim, mais um texto sobre ti. Sim, sobre ti e não para ti; porque em alguma vez era capaz de to ler ou entregar. Foi um texto grande, diria que foi gigante até. Demorei umas belas e longas horas a escreve-lo, mas escrevi-o de alma e coração abertos, como se estivesse a sentir e a passar por muitos dos momentos que descrevi nele. Tanto pensei e vivi aquelas horas, que nem dei conta delas passarem. Mas é um daqueles textos apetecíveis de escrever em papel e guardar no pc sem partilha-lo com ninguém. Por vezes escapavam-me as palavras indicadas e adequadas para ti, para aquela história onde já lá vai meio ano. Como tanto desejo que tudo fosse como no início: um tanto de confiança e um tanto de desconhecimento mútuo..
Fico-me por aqui, começo a tornar-me repetitiva de tanto te querer bem; e, se fosse possível, que pudesses tornar-te na pessoa que conheci..
És e sempre serás!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Apeteceu-me

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:)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Farda

Bebada sinto-me alegre, bebada sinto-me espiritual, bebada não sei o que digo, bebada não sei o que faço, bebada só rio, bebada só digo bobagem, bebada ligo para toda a gente, bebada só mijo, bebada só quero beber cada vez mais, bebada desço escadas a correr, bebada falo com quem não conheço, bebada ando toda torta, bebada só quando estiver com a minha prima e o meu irmão...
Socorro, estive bebada!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Momento ZEN

Estava de férias, nem queria acreditar que tinha passado uma bela de uma tarde numa das praias do Algarve. Fazia sempre um calor infernal, só apetecia estar o dia todo dentro de água. A manhã tinha sido tranquila e a tarde de certo também. Adormeci  na minha toalha com aquele calor infernal, por volta das 5 horas da tarde e voltei a abrir os olhos eram de certo 6 e pouco. Quando acordei senti-me aluada, como se não soubesse onde estava, com quem estava ou simplesmente o que estava ali a fazer. Sentei-me de pernas cruzadas virada para o mar, a apreciar o infinito do horizonte, a olhar para uma vista linda e maravilhosa, e ali permaneci durante uns longos 20 minutos. A olhar para o «nada» e a pensar em tudo. Reflecti no ano lectivo que passou, nos meus amigos, na minha família, em mim, na minha vida. O vento quente esvoaçava nos meus cabelos e fazia-me pensar que naquele momento não queria mais nada a não ser ficar ali, no meu momento de paz espiritual. Consegui descansar e acalmar a minha alma, como se estivesse sozinha numa aula de ioga. Foram dos minutos mais longos, que custaram mais a passar até hoje; não que a minha alma estivesse constrangida, cansada ou magoada, mas precisei de sentir paz no meu interior e assim consegui atingir o meu objectivo. Quando me senti completamente transparente, levantei-me calmamente, peguei na minha toalha, arrumei as coisinhas e fui embora, sempre a caminhar devagar como se não houvesse um fim... 

quinta-feira, 17 de junho de 2010

sim, eu choro

Desculpa mãe! Tem situações que me deixas fora de mim, que me apetece fugir, que me apetece mandar-te para sei lá onde. Irritas-me quando mandas bocas, quando dizes que nunca faço nada e que nunca ajudo, o que é mentira. Mas quando quero fazer, sou criticada na mesma. Às vezes penso: que rotina é esta? Estou farta disto, quero ter 18 anos para poder sair daqui, para não me chateares mais e livrar-me de ti. E aí é quando reflicto. Quem me dá mimos como a minha mãe? Quem me abraça? Quem me beija? Quem me ouve quando estou em baixo? Quem me apoia quando estou alegre? Quem me levanta quando me sinto confusa? Quem me corrige quando estou errada? Quem atura as minhas más disposições? Quem me lava e passa a roupa? Quem me dá coisas? Quem me compra o que quero? Quem me faz daquela comida tão boa? Quem deseja a minha felicidade mais do que ninguém? Pois, és tu. És só tu minha mãe. Desculpa, mas às vezes não consigo evitar responder-te. Porque tem dias que chocamos, que não estamos de acordo, que discutimos muito, que discutimos forte: somos demasiado diferentes. E eu odeio. Odeio quando existem este tipo de situações constantes. Talvez precise de umas férias longe de ti para poder sentir o quão me fazes falta. Desculpa por tudo. E sabes que amor de mãe só há um. É o teu e mais nenhum.
amo-te mesmo muito!
adoro-te! surpreendes-me a cada dia que passa e preciso de ti do meu lado

segunda-feira, 14 de junho de 2010

era disto que precisava

Mais uma tarde no Spot :')
Pedi-te para lá irmos e fizeste com que isso acontecesse. Um OBRIGADA pelo dia de hoje!
Por tudo: por apanhares trevos comigo, por me ensinares a tocar guitarra, por explorares o chao onde nos sentamos, habitado por toupeiras, por caminhares comigo sem destino, por te preocupares comigo, por me fazeres rir, por te aventurares, por conversares comigo, por atirares moedas comigo à fossa, por vermos os defeitos um do outro, por arcares comigo às cavalutxas, por me abraçares, por me ouvires, por me fazeres sentir bem depois de tudo !
És um bem haja, apesar de te sentires o oposto.
Talvez o "quilhão" ainda volte ao seu sítio e estado normal...

sábado, 12 de junho de 2010

é bom ter-te de volta

Jantar & Pazes

é tudo , estou feliz :')

quinta-feira, 10 de junho de 2010

« O meu objectivo não é ser a primeira, mas sim ser uma das maiores e melhores recordações que tenhas. Por este dia especial, Parabéns! Pela tua honestidade, Parabéns! Pela tua integridade, Parabéns! Pela tua hospitalidade, Parabéns!
Nada como chegar a este dia e ver tudo que passamos. É bom saber que os anos vão, a idade aumenta e tu continuas sempre a mesma, sempre com o mesmo sorriso, sempre com a mesma alegria de viver, sonhar e atingir.
Gostava de escrever um texto bem diferente. Diferente de tudo que existe. Um texto sem rasuras ou uma única gota de tristeza. Um texto que se te fizesse derramar, que fosse de alegria e ao molhar o teu rosto, que o tornasse cada vez mais forte. Que ao lê-la, o teu coração pulasse mais rápido, que os teus olhos brilhassem mais e os teus lábios pudessem sorrir, comovidos. Um texto simples, mas espontâneo, que te deixasse ainda mais feliz e realizada.
No dia do teu aniversário, e com mais força que em qualquer outro dia, quero-te dizer que significas muito para mim: tens aquele extra que raramente outras pessoas teem. É um extra que faz com que sejas um alguém muito especial todos os dias, durante o ano inteiro. Por tudo o que és, por tudo que tens feito e realizado, mais uma vez, PARABÉNS e Feliz aniversário amiga!
Agora dá-me mas um grande xi-coração para irmos curtir a nossa noite *.* »

Meras palavras, numa noite memorável. Palavras tocantes e sentidas que fizeram escorrer uma lagrimita. Um abraço em conjunto que abriu o serão para um divertimento explêndido.
Foram uns momentos inesquecíveis, OH NINAS !

[ 08,09,10-06-2010 ] 

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Remember Me

«Nao parva, foi bom adormecer ali ctg,foi digamos acolhedor, mas pronto pareces parva e nao percebes :)»

«pois nao consegues :s mas falo ctg e ontem tives.te todo o tempo comigo e tiveste praticamente "no meu colo" e foi um dia muito giro c todo o pessoal e assim, ah e sabes q so tenho sms tuas»

«agora sem brincadeiras,hoje tavas gira eu vi.te ao lado do D, e tavas gira soft»

«"rasgas.me a roupa sem qualquer pudor" klepht por um anoite :)»

«Enquanto buscas o ar pela boca
passeias  oteu cheiro no meu corpo
por entre os brac,os misturo tudo
apos o prazer ficaremso mudos
sem saber
se é por uma noite!»

«E depois vem as mamas e d quatro :)
"grito teu nome sem saber,como será no amanha, foi um sonho real por uma nooooooooiite"»

«Quem és tu miuda,
nesse sobressalto nesse salto alto
quem és tu miuda,
q me atormentas em camera lenta,
quem és tu miiiuuuda
miuda quem és»

«Ha certos momentos em q eu acho
q nao passas d um golpe baixo
fantasia, d um pobra corac,ao
ca vou eu d sentinela
por-me a espreita, na janela
nem sequer, sei se existes ou nao
e ate os velhos do jardim, mudam d tom ao ver-te assim
eu ja nao posso mais conter
esta ansiedade d te ver...»

«Uns usam fraldas e chupetas e depois quando crescem um pouco apenas se dao c um pedac,o d pano a q chamam miminho e q tem um cheiro caracteristico.Quando crescem ja dormem sozinhos e d luz apagada ainda acreditam na fada dos dentes e no pai natal,mas o seu caminho é igual.Quando chegam aos 16anos ja qerem dormir fora d casa e fazer loucuras,andam c diferentes cores e sabores na carteira,repetem uma grac,a que houvem durante um tempo,navegam na net e sao os sr e sra dela,apreciam a anatomia humana(mamas) e bebem sem moderac,ao x) parabens e felicidades! Eu acho q tu ainda dormes d miminho, tu nao achas?
13-04-2010 PARABENS»


não é por uma razão qualquer que as tenho guardadas; não foram escritas por uma pessoa qualquer(...)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Recordações

Tanto falávamos que estávamos fartas daquela escola, tanto dizíamos que o 9º ano nunca mais acabava, tanto torciamos para que tudo terminasse... e, sem dar conta, estamos lá de novo, a assitir a mais um Sarau na Escola EB 2/3 Dr. Vieira de Carvalho. Revemos professores, contamos experiências novas, relembramos caras, comentamos o novo estilo, divertimo-nos todos juntos, gritamos por quem gostamos, assobiamos quem merece, aplaudimos quem vence... Tudo recordações, longas recordações em apenas umas horas. E hoje dizemos: Quem me dera voltar para esta escola, quem me dera voltar para o 9º ano...
O tempo passa sem darmos conta; já fizemos 16 anos e ainda há pouco tempo estávamos no 5º ano. Tão pequeninos e inocentes, tão franzininhos e perdidos. Os anos foram-se arrastando e nós fomos crescendo. A mentalidade evoluiu e os costumes diferenciaram-se. Os caminhos foram diferentes, e perdidos nós ficamos. Mas nem por isso deixamos de nos ver e de relembrar os "velhos tempos". Agradeço e orgulho-me das amizades que construí e que ainda hoje estão presentes, que ainda hoje abraço e os quais ainda hoje fazem com que os meus sentimentos apertem e me levem para o mundo de fantasia. As recordações que ficaram e as lembranças que permanecem, porque não é por existirem estradas distintas que tudo se perde e transforma. Aliás, os amigos verdadeiros ficam para todo o sempre...
E mais um vez afirmo: Quem me dera que o tempo tivesse parado há um ano atrás...
Para todos aqueles que estiveram HOJE presentes, um enorme OBRIGADO; fizeram com que esta noite desse cabo de mim...

terça-feira, 1 de junho de 2010

UM GRANDE FODA-SE!

Namoro e não consigo ter conversas com os meus amigos, amigos masculinos sobre intimidades minhas, coisas sobre o meu quotidiano, dúvidas minhas, ou simplesmente brincar com eles com um pouco de exagero, pois vão logo comentar que estou a ficar de novo isto e aquilo, para não me mostrar assim e blá blá blá!
Estou cansada de não poder falar com ninguém sem me julgarem!

sábado, 29 de maio de 2010

tarde de arrumações

Uma tarde cansativa repleta de arrumações: pó, aranhas, atchins, vassouras, baldes, teias, sprays e panos.
Ao ver aquele casarão, sim, era mesmo um enorme casarão carregado de cem anos em cima, fiquei assustada e boqueaberta. A porta que dava ao pátio era enorme e de ferro; chiava quando a abríamos e era pesada ao fechar. Viramos à esquerda e entramos no salão, o dito cujo sítio da mega festa. Estava o caos completo, não sabíamos por que ponta haveríamos de começar. Ficamos a analisar o espaço durante um longo pedaço e entretanto fomos conhecer o resto da casa. Saímos do salão e entramos num hall que tinha umas escadas em forma de caracol que ao subir faziam barulho; tinha quartos com quadros na parede, como nas casas antiquíssimas e como aparece nos filmes de terror. Fiquei aterrorizada. Tantos quartos, tudo tão estreito, aquelas escadas, dois andares, e aquele salão... Já durante o dia ficamos receosos, imaginamos então como seria passar uma noite naquela casa enorme, como vamos passar daqui a alguns dias.
Depois de tanto pensarmos e organizarmos as ideias, conseguimos limpar, varrer, esfregar, berrar, dançar, comer (lanchar e jantar), rir, passear, fotografar, brincar, jogar, aterrorizar e afins. Muito trabalho tivemos e muito trabalho ainda vamos ter. Ansiosas e cansadas nos mantivemos. Um longo dia nos esperou, que conseguimos alcançar os nossos objectivos e lidar com as nossas próprias situações.
Um dia cansativo, mas compensador.



Bárbara, Carolina, Inês, Nelson, Rita

quarta-feira, 26 de maio de 2010

um breve adeus

Cada vez sinto mais a distância daqueles que marcam presença todos os dias. os abraços multiplicam-se, os beijos são mais intensos, as conversas mais cuidadosas, as palavras mais carinhosas. A palavra saudade é constante mesmo quando estou com eles. Sinto-a, permanecendo junto a eles. Saber que aqueles almoços, aquelas aulas, aqueles momentos, aqueles tudo, vão deixar de existir com eles. Não vou embora para o outro lado da cidade, apenas para uma escola uns metros mais longe da do costume. As amizades continuarão, mas uma ligeira diferença vou notar.
A frase: «Tem coragem, tu consegues» , permanece no meu pensamento a todos os instantes. Saber que irei deixar um ano para trás, afastar-me dos laços que construí este ano lectivo, ficar "sozinha" num novo mundo; reviver o 10º ano, lidar como se tivesse vindo do 9º. Às vezes sinto vontade de largar tudo, mas existe uns alguéns que me inspiram e me oferecem força para continuar, mesmo que o ambiente não seja o melhor.
Os meus meninos serão sempre os meus meninos, e isso ninguém me tira ♥

segunda-feira, 24 de maio de 2010

ADORO GAYS, BIS E LÉSBICAS !
SEM PRECONCEITOS, POR UM MUNDO MELHOR 8)

domingo, 23 de maio de 2010

Primeiro fim-de-semana mais louco e caloroso desde o Verão de 2009. Praia e praia. Com os meus amigos sou capaz de me rir, divertir, brincar, correr, mergulhar, jogar, bezuntar, comer, passear, asneirar, (...)
São muitas horas de convívio a matar saudades. Primeiro mergulho do ano, sempre com as mesmas pessoas, acompanhada dos melhores amigos(as). As maiores barbaridades são ditas ao longo de um dia, são memorizadas para os anos seguintes nos recordarmos, e são recoradadas sempre que possíveis. Dias como os que passei, não os troco nem que a fortuna seja um milhão. Começar o dia com dois amigos(as) e acaba-lo rodeada de quinze. Cumprimentar quem se conhece, olhar para quem olha, gozar quem não tem vergonha, dar tampas a quem não consegue fazer melhor, arranjar o número de quem se gosta, conhecer pessoas, fazer amigos; tudo isto rebentou em dois simples dias. Os primeiros dias, de muitos e longos.
Tinha saudades de passar um fim-de-semana tão bom 8)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

you were my wonderwall...

São sentimentos, coisas, palavras, momentos? Não sei que lhe hei-de chamar. Gostava de os poder explicar e reagir e, de certo modo, desejar que eles não existissem. Tento fazer com que a tua pessoa não exista na minha mente, tento não te olhar nos olhos, tento resistir em mandar-te mensagem, tento não te ligar e chego ao ponto de tentar não te procurar nas minhas recordações. Eu tento! Mas eu não consigo. É inevitável pensar no que passou. São dias em que vivo com a maior felicidade, são dias que não aguento nem que me dirijam uma palavra, que preciso de estar completamente sozinha. São sempre os mesmo motivos, são sempre as mesmas palavras, são sempre as mesmas conversas, são sempre tudo; e um tudo que vai ter um valor igual ou superior a um nada. Por vezes sinto-me ridicula. Ridicula por ter feito com que tudo tivesse um final desolador. Que eu contava que nunca tivesse final. Não consigo explicar nada. Derramo, derramo, derramo(...) E digo que esta noite deu cabo de mim.
São situações minhas, que eu própria as tenho que resolver e fazer com que nao magoe quem me rodeia.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Roberto Carlos da Cunha Gaspar

Sinto-me cada vez melhor ao lado dele. Já sei o seu cheiro, já identifico o seu toque, já conheço a palma das suas mãos. Não havia melhor pessoa que me podia ter chegado aos braços. Tomo-o como um melhor amigo, que sabe sempre tudo de mim, que me apoia e que me critica, que me pergunta o que tenho quando sente que não estou bem e que brinca comigo quando sabe que estou bem; como um namorado, que me acaricia, que me abraça, que me dá beijinhos seja na face, na testa, no pescoço ou nos lábios, que me dá a mão, que me abraça com vontade, que não acha que está numa perda de tempo, que mostra ser sincero, que procura cativar-me com o seu charme e que tem um sentimento verdadeiro. 
Sim, somos diferentes. Ele tem 1.82m e eu tenho 1.52m, ele tem olhos castanhos e eu azuis, ele tem músculo e eu não, ele adora criticar as outras pessoas e eu não sou apologista dessa prática, ele adora filmes de comédia e eu adoro filmes de terror, ele fuma e eu não(...) Sim, mas também somos iguais: Gostamos muito um do outro! e isso é o suficiente para suportar as diferenças que cada um de nós possui. Diferenças essas que nos completam, que fazem tornar a nossa relação "diferente". Se fossemos iguais talvez fosse bom também, mas nada como duas pessoas com certas características antónimas para fortalecer, engraçar um sentimento e com ele uma relação. Estou Feliz e vou procurar fazê-lo Feliz também.

que dia!

Bem, que dia! Acordei tipicamente mal disposta, vi que estava a chover e pior fiquei. Saí de casa e fui para a Maia com a Ariana. Andamos lá às voltas de um lado para o outro, até que finalmente chegamos à escola. Primeiro intervalo perdido. 12.15 tinha psicóloga; 12:00 estava na papelaria. Dei de caras com quem não queria, continuo desgastada quando te vejo, apesar da minha vontade ser de ir dar-te um enorme abraço.
Fizeram-se horas e lá fomos. Estava nervosa, o meu coração batia depressa demais, não queria sair de lá pior do que tinha entrado. Bati à porta e entrei. Conversamos, tirei dúvidas, expus as minhas questões. Entretanto, hora de vir embora. Saí de lá pensativa, demasiado pensativa. Almoçamos e de seguida fomos todos para o nosso cantinho, as escadinhas ao lado do D. A Cátia estava com a guitarra e esteve a tocar e a cantar para nós, até que a meio de uma música, começou a chover. Arrepiei-me toda, fez-se um grande sorriso nos meus lábios e lágrimas de felicidade e amor derramaram instantaneamente. Saí dali, fui ter com o Gaspar. Cheguei à beira dele e abracei-o como nunca, agarrei-o como se ele me estivesse a escapar sem eu dar conta. Eu precisava: precisava dele junto a mim, perto de mim, agarrado a mim, abraçado a mim. E ali permanecemos durante longos minutos, sem eu declarar uma palavra que fosse. Um silêncio ensurdecedor permanecia naquele círculo de nós os dois. Tocou e tive que ir para dentro e ele embora. Uma secante aula de matemática me esperava. Não estava com vontade de fazer nada; mas lá se passou. Cheguei cá fora, pus os fones nos ouvidos, o carapuço na cabeça, estava frio, e caminhei até à sala como se não houvesse ninguém à minha volta. Cheguei ao destino e sentei-me no chão. Senti passos à minha beira, a presença de alguém do meu lado. Ignorei, não queria falar com ninguém. Ali fiquei, a chorar. Começou a juntar-se gente à volta das nossas pessoas. Uns a acariciar, outros a consolar, outros a olhar; ninguém ficou indiferente. Éramos três perdidas, a chorar, cada uma pelo seu motivo. Chegou o Pedro Gonçalves, era DELE quem eu precisava, era ele quem me compreendia, era ele quem me ouvia. Puxou-me e estivemos a conversar. Abracei-o como se não houvesse amanhã. O abraço foi correspondido. O motivo de estar em baixo de forma não era concreto, era um aglumerado de tudo, como se tivesse feito um resumo da minha vida numas horas. Limpei as lágrimas e fomos para a aula. Estivemos em grupo e o ambiente estava insuportável. Uma nuvem carregada de chuva pairava sob as nossas cabeças. Estivemos calados tempo suficiente para perceber que estarmos assim não nos valia de nada e decidimos acalmarmos. Assim o fizemos. Sorrisos apareceram e palavras começaram a surgir. Ficamos "normais". Começamos a  brincar, a reagir e ficamos bem. Saímos da aula completamente diferentes de como tínhamos entrado. Aula seguinte, só risota. Por vezes a mais até. Mas o que interessa é que tudo ficou como nunca devia ter sido destruído.
Sou uma pita chorona e tenho dias muito cinzentos, mas bem, que dia lamechas!

domingo, 9 de maio de 2010

DANIEL

Identifico a nossa amizade com aquela bolinha daquela árvore que apanhaste e me deste numa tarde fantástica no spot, à qual deste o nome de "quilhão". Guardei-a na minha carteira e ainda lá permanece; não a hei-de tirar até que ela um dia subitamente desapareça... Quando a guardei pela primeira vez, estava jovem e dura como uma pedra, e tenho reparado que a bolinha se tem desfeito dia após dia; uma espécie de sementinhas que fica espalhada no fundo da carteira. Tomei-o como um sinal de que algo não estava certo. Mantinhamo-nos longe, afastados e quase sem comunicar. Tínhamos uma amizade que sempre desejei ter contigo, e que consegui durante uns tempos. Ouvia-te, ouvias-me, ajudava-te, ajudavas-me, choravas, chorava, rias, ria, tocavas, escutava, ligavas-me, ligava-te, mandava-te mensagem, mandavas-me mensagem, brincavas, brincava, ralhavas, ralhava, opinavas, opinava, confiavas, confiava (...) sentia-te um porto junto a mim, até ao dia em que se fez luz no meu telemóvel e recebi uma mensagem tua vinda do nada. Fiquei estranha, sentia-me aluada. Pouca conversa durou até surgir uma espécie de discussão e desabafo ao mesmo tempo. Falei o que sentia e disseste-me o que eu não queria. O que eu não esperava vindo de ti. O que eu nunca imaginava dado à amizade que tínhamos. Ou que eu pensava que tínhamos. De uma maneira bruta, insensível, forte, gelada explodiste tudo. Fiquei desolada, derramei, barafustei e afirmei: Eu preciso dele.
Fui dormir e desacansei. Novamente ao início da noite do dia seguinte, outra mensagem. Não conseguia reagir, nem sabia o que estava a sentir. Apenas um grande aperto no coração. Mais uma vez "discussão". Desculpa mas estava/estou magoada. Com tudo isto, ficarei à espera que um dia este enorme aperto desapareça e que possamos vir a ter a forte amizade que tínhamos; tentar colocar as sementinhas no lugar delas, para que a bolinha fique novamente forte e jovem...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

um pequico

Tento construir um novo mundo de felicidade com carinhos, abraços, mimos e beijinhos permanentes. Ilusões afasto-as; só me quero sentir bem e apoiada, com um ser de 1.82 ao meu lado para me segurar nas mais diversas situações. É recente, mas sinto necessidade de partilha-lo, tento exprimir o que sinto quando me vejo diante dele. O meu coração bate mais forte quando ele se aproxima e me vem fazer uma festinha. Ainda não há muito a dizer, apenas que no agora me sinto estável, como há uns tempos não me sentia.
O seu nome não interessa e luto para que não seja passageiro...

sábado, 1 de maio de 2010

D E S I S T I


quinta-feira, 29 de abril de 2010

Caetano Veloso-Sozinho

Às vezes, no silêncio da noite

Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado, juntando
O antes, o agora e o depois
Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho!

Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho meus desejos e planos secretos
Só abro pra você mais ninguém
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ela, de repente, me ganha?

Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?

Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?

Perdidas

Sentadas no chão, éamos 5. O silêncio permanecia, troca de olhares desviadas permaneciam naquele espaço delimitado pela nossa solidão pessoal. Não estávamos tristes, não estávamos sós, estávamos PENSATIVAS. Lá se começou a desenvolver uma palavra ou outra, nada de especial. Não havia muito para dizer, o dia não estava a nosso favor, não nos sentíamos ZEN, apenas um pouco GROGUES com o percurso de vida. Parecíamos estranhas, sentia-me diferente comigo mesma, diferente na forma de agir perante elas e todos os que me rodeavam. Passado uns instantes de curta conversa, vejo uma lágrima a escorrer pela face de uma das minhas meninas. Começou a ficar com os seus lindos olhos, grandes e verdes bem delineados, um tanto para o vermelho. Estava a tentar conter-se mas não conseguiu. Fiquei constrangida com o facto de ela estar assim; acariciei-lhe o cabelo, fiz-lhe uns miminhos, tentei fazer com que ela ficasse bem. Acabou por desabafar um pouco, penso que lhe fez bem soltar aquela angústia que a atormentava. Levantamo-nos do chão e abraçamo-nos. Estava a precisar daquele ombro. Despedimo-nos e caminhei contrariada para a minha obrigação...

terça-feira, 27 de abril de 2010

...

Um hoje, outro ontem, e mais um amanhã.

Primeiro nada e depois "tudo".
Afastamento de uns, motivos otários.
«Há que conhecer pessoas novas».
Não há dúvidas, penso que sabes que te estimo DEMASIADO!
Dou um grande valor à NOSSA AMIZADE.
Mudou, porque não consigo.
Sou parva, porque me sinto incapaz.
Sou seca, porque é difícil.
NÃO TE QUERO PERDER!
ÉS IMPORTANTE, MUITO IMPORTANTE.
Tenho medo de reagir.
É difícil conter.
Sinto dificuldade em respirar.
Preciso de me sentir realizada.
Penso que sei tudo e afinal não sei de nada.
Não dou ouvidos a quem me quer bem.
Apenas olho para o que acho melhor para mim.
Magoo quem não quero.
Faço sofrer quem não merece.
Ponho triste os meus próximos.
Falo torto para quem gosto.
Sou deveras de luas.
É o meu feitio e às vezes tenho pena de ter a personalidade que tenho, por certas atitudes que exprimo.
Peço desculpa de infelicidades, mas
o meu nome é Inês Micaela Ramos Henriques e não consigo nem quero tornar-me numa pessoa diferente.
SOU ASSIM E NÃO SEI!

domingo, 25 de abril de 2010

Vericidades

Pediram-me para contar uma brave história e eu baseei-me em cenas verídicas e lá contei a história...
Era uma vez uma menina que odiava um menino e esse menino apaixonou-se por ela e ela começou a reparar que afinal não odiava assim tanto esse menino como pensava, até que, sem saber como, apaixonou-se também.
Envolveram-se durante algum tempo, cresceram um com o outro, confiaram segredos e enigmas.
Ela era a rapariga mais feliz do mundo até descobrir que ele a começou a enganar e a brincar com os seus sentimentos. Pediu para ele não a deixar, pois amava-o muito, mas de nada adiantou. O sentimento foi-se arrastando e ele brincava casa vez mais com ela pois sabia que ela estava incondicionavelmente apaixonada por ele. Um bela noite, ele decidiu mesmo dar um fim e ela ficou desolada, dizendo-lhe que não queria perder a sua amizade, e que ele ia ser o amor da vida dela, ama-lo para sempre. Promessas não cumpridas, seguiram-se rumos diferentes e ela percebeu que ele se tornara um mulherengo tempos depois de ter andado com ela. Ele tem as suas companhias, por ruas escuras e malvadas, ela, bem, ela ainda pensa nele, mas vagueia pelas bermas da estrada, a ver as folhas esvoaçar, na esperança de encontrar um novo amor. Nada irá substituir o que passou, pois ela sabe que esse é o homem da vida dela, mas procura um sentimento que a faça sentir amasa e desejada, bem e confortável, como já há algum tempo não se sente. Ela sabe o que procura...

domingo, 18 de abril de 2010

Vêem com o vento

« Trá-los com o vento, como as bactérias. Colhem-nos as riquezas, mas só semeiam misérias. Ocupam-nos espaços, os poucos que reservamos para grandes esperanças e maiores enganos. Expõe-nos as fraquezas, trocam-se ombros. Infectam-nos a alma com promessas vãs. Escoa-se o tempo curto com ilusórias conexões, gasta-se uma vida inteira com paranóias e desilusões. E o tempo insiste em passar, e o sonho a definhar. Aos bocadinhos. É a tristeza que mata no berço a pequena fogueira, chama imaginaria de emoções.
Queima-nos por dentro quando para de arder. Só fumaça. O incêndio é anedota, a emoção chalaça.
Trá-los o vento matreiro e espanca-nos a vontade. É mesmo muito dura, esta estranha realidade…
Brincadeiras de putos à mesa de um café. Coxas herméticas, fechaduras de trancas, defender a paliçada. Ninguém deserta, falta coragem, ninguém acerta, o inimigo não se vê.
Continuemos a conversar, a luta continua. Palavras para que? Leva-as o bandido que insiste em soprar, para outros ouvidos, corpos frios que se limitam a escutar. As vidas dos outros.
Ia voar, já aterrei. Fecharam o cordelinho e o balão desceu. Oferecem-nos as asas para nos negarem o paraíso. Gás feito chumbo, pesa-nos a consciência. E nem sabemos porque. São certeza que sempre nos traem, ou que não queremos ver. Não duvidamos de aparências, cultivamos. Amamos farsas, pouco nos ralamos. O engano somos nos e as vidas que levamos.
Vêem com o vento e com o vento vão, o diabo que os carregue! A própria solidão é amiga da verdade. Será?
Isolemos os casulos, fechem-se as portinholas, todos muito seguros, livres de conversas. Em trincheira sou castelos, cada um trata de si, disputemos as batalhas.
Vamos ver televisão, vamos parar de pensar. As palavras, lá fora, continuam a passar, a passar… »

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Dás cabo de mim

A tua inocência mata-me. Olhei a parede e senti-me mal. Pensei, repensei, voltei a pensar e pensei. Tristeza, mágoa, angústia, falta de esperança, infelicidade, ciúme, revolta, em vão, tudo pelo ar.
Os dias passam e eu não sei como me sinto. A tua inocência mata-me. Dias e dias e dias e dias e horas e horas e horas a falar, a conversar, a desabafar. Choro de alegria quando estás bem; choro de tristeza quando estás mal. E sempre sem um entender de nada. A tua inocência mata-me. Tão simples, sem filmes, sem comes e cagas, sem rei disto e daquilo, sem confusão, sem parvoíces, sem imaturidade. A tua inocência mata-me. Tão dono do seu coração, tão certo do seu sentimento, tão rico na sua personalidade, tão amigo, tão profundo nas suas palavras, tão brincalhão, tão lamechas e sentimental, tão sincero, tão carinhoso, tão bondoso, parece não ter defeitos. És tu, tão natural. A tua inocência mata-me!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Sexta-feira. Limpo a casa. Tomo banho. Visto a roupa. Ligo à Bárbara. Lancho. Vou à rua, tropeço e caio. Golpe na perna. Chego a casa, desinfecto a ferida, troco de roupa. Computador. Ansiedade. Chega a mãe. Converso com ela. Desarrumo roupa. Confusão no quarto. Desligo a Bárbara. Ajudo a fazer o jantar. Chega o pai. Jantar. 9.30 sair de casa. Mãe não vai. Pai conduz. Parque nascente. Natura. Compro a prenda. C&A. Compro mala. Bijou Brigitte. Compro colar. Estacionamento. Procuramos o carro. Regresso a casa. Abro a garagem. Entramos no elevador. Entramos em casa. Escondo a prenda. Cara sinistra. Disfarço. Tudo calmo. 00.00h. PARABÉNS MÃE, apesar de já estares a dormir. Vejo um filme. Bárbara liga. Conversa dura. Sem sono. Desligo a Bárbara. Dormir. Sábado. 11.30 acordo. PARABÉNS MÃE, já estás acordada. Dou a prenda. Vejo imensa alegria. Visto-me. Saio de casa. Leça. Salão de chá. Matosinhos. Almoço. 16.30. Foz. Casa. Mega Sport. Compro calções. Regresso a casa. Computador. Bárbara liga. Falo com ela e a Rita. Arranjo-me. Desligo a chamada. Saio de casa. Maia. Restaurante. Jantar. Quem chega? Demo(Expensive Soul), Virgul(Da weasel). Jantei. Regresso a casa. Computador. Mensagens com o Daniel. Ouvir a Nova Era, transmissão em directo dos Melhores do Ano. Frustração ao rubro por estar em casa. Dia desgastante. Passar o resto da noite a vegetar...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

um Refúgio, um Lugar ao Sol


A frescura que trespassa as minhas mãos, a aragem que esvoaça os meus cabelos, o biquíni laranja que contrasta com o tom moreno da pele, o sol quente que faz escorrer.


Incrível é andarmos quase um ano à espera de três meses de férias, de calor intenso, do salgado do mar, da areia macia e branca: falamos então da PRAIA.

O traje que nos satisfaz, desejado pela maioria das pessoas: calção/saia, t-shirt/top, chinelos de dedo/sandálias, biquíni/triquíni/fato de banho/calção de banho, sorvete na mão ou garrafa de água que é petrificada com os raios penetrantes. Todos procuramos o nosso lugar ao sol, aquele cantinho à beira do mar.

O local frequentado por toda a gente, sem excepção à regra: velhos e novos, gordos e magros, morenos e brancos. Tanta população desconhecida num só sítio que todos desejam, aquela segunda casa onde todos residem nas maiores horas de calor. Bendita seja a PRAIA.


Velhos sentados de baixo do guarda-sol a ver o mar e a relembrar os tempos antigos; os novos, esses… Desde crianças, que esburacam a areia até não poderem mais, fazem castelos, brincam com os baldinhos e as pazinhas, gritam a correr ansiosos por molhar os pezinhos na água; passando pelos adolescentes, que namoriscam as/os namoradas/os, apreciam os jeitosos que ficam a dar uns toques bem lá em baixo perto da espuma branca que rebenta com as ondas, mandam uns piropos às boazonas que passam bem provocantes, socializam e conhecem metade da juventude que lá permanece horas a fio, fazem juras uns aos outros e tiram fotografias que ficam de recordação e lembrança daqueles deliciosos momentos; até aos trintões que ficam a espalhar o protector nas costas do xuxuzinho, de olho bem aberto para não apanhar nenhum marmelo a olhar para aquela tentação que parece merecer uma valente trinca. Os mais gordos prometem ficar mais magros para o próximo ano, os magros tentam manter a linha, os brancos juram ficar mais morenos no verão seguinte, os morenos, bem, esses desejam-se morenos outra vez. São promessas que só a calma de inúmeros quilómetros de PRAIA guardam.


No que toca ao mar, aquela água salgada que nos transmite uma espécie de inspiração profunda, que ao olharmos para ele parece que nos hipnotiza e nos “obriga” e recordar aqueles momentos passados mais marcantes. Olhamos a linha do horizonte tão longe, mas ao mesmo tempo tão perto e aí sonhamos. Expomos o que sentimos e o que não sentimos.


Bem perto de nós, vemos um grupo de surfistas que nos ensinam a valentia e coragem que paira sobre o equilíbrio das ondas; e sentados ao nosso lado, estão vários pescadores agarrando com força as suas canas de pesca que nos ensinam a paciência e a paz de espírito que está presente naquele pedaço.


Opções e lições de praia temos muitas: Podemos optar por ficar horas a torrar ao sol, de baixo do guarda-sol, atrás do pára-vento, a ler um livro, a brincar, a chapinar no mar, ou simplesmente a olhar para o infinito que muitas das vezes nos diz mais do que aquilo que parece que nós queremos e esperamos. Mas o ideal é que colhamos a aprendizagem que nos dá a vida e que aprendamos a apreciar o que de mais magnífico existe, a beleza da natureza que envolve a PRAIA.


A verdade é que todos somos iguais. A PRAIA não faz milagres, mas dá-nos parte da sua inspiração, paz de espírito e, muitas vezes, respeito. Torna-nos mais próximos uns dos outros, apesar de não nos conhecermos todos. Mostra talvez a nossa faceta mais íntima: estamos todos semi-nus, seja na toalha ou na água. Expomos os óculos escuros e os biquínis novos, as havaianas e as cadeiras de praia confortáveis. A do outro pode ser melhor que a minha, ele ter de marca e eu não ter, ele ser esbelto e eu ser uma menina de campo. Mas comparamos isso com a imensidão do sol, da água e da areia e ai é que nos tornamos iguais com todas as nossas diferenças.


Abençoado seja este spot e os nossos três meses de calor, porque quando for grande, vou comprar uma casa em frente à PRAIA




sábado, 3 de abril de 2010

Delicious Friends


Amizade indescritível. Não existem palavras que suportem os laços que se criaram ao longo dos anos e que ainda se constroem de dia para dia. As barreiras que existem e que são ultrapassada com a maior união. São as minhas meninas, as únicas e verdadeiras: absolutamente fantásticas.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Somos Um

Apresentação da turma 10ºc. Rostos desconhecidos por todo o lado eram abundantes.
Pensava eu que tudo tinha chegado a horas, estava ansiosa para saber o nome dos desconhecidos, ate que passado cerca de 15minutos de ter começado a apresentação, entra pela sala um rapaz com um saco de treino do Santana de andebol às costas. Entrou e disse: Boa tarde, desculpe o atraso, sou o Pedro Gonçalves. E sentou-se.
Comentei com a Ariana: o que acabou de entrar é girito. A apresentação continuou com o maior blabla.
Inicio das aulas: como não conhecia a maior parte, o silêncio por parte de muitos era constante. As semanas foram passando e começamos a dar os primeiros passos, a querer conhecer a nova turma. Íamos convivendo, conversando, sabendo pormenores talvez confidencias das vidas uns dos outros.
Mas houve um dia, nunca mais me esquecerei. Estávamos na aula de filosofia, a levar com a velha, sim porque ela era mesmo uma velha rabugenta, e olhei para trás: senti o Pedro Gonçalves em baixo de forma, parecia triste, desanimado, sem vontade de estar ali. Não sabia quase nada sobre ele, era raro falar com ele, não me dava tão bem com ele como dava com os restantes; não porque não quisesse, mas pensava até que ele não gostava de mim. Decidi mandar-lhe um bilhete: que se passa Pedro? A resposta foi imediata: Nada Inês. Insisti, pois notei que ele precisava de falar e desabafar o que o atormentava. Acabou por contar. Falamos de mim também, não estava nos meus melhores dias. A conversa foi desenvolvendo.
A partir daí a nossa suposta relação de amizade mudou para o lado positivo; Fortaleceu o que de pouco existia entre nós. Passei a conhece-lo como queria, a saber tudo sobre ele. Começamos a confiar um no outro, a confidenciar segredos que só as nossas pessoas tinham acesso. Evoluímos com o passar do tempo. As aulas de caretas, as fases de ranhocas, os arrotos que me deixam a falecer, os intervalos a passear, a subida das escadas comigo as cavalitas, a compra da nossa pulseira, os lanches em conjunto, o cafoné nos braços, os riscos nos cadernos, os amo-te nos livros, os bilhetes com declarações (…)
Hoje, partilhamos tudo. Tanto estamos para o bem como para o mal. Quando é preciso fazer festinhas, abraçar ou lançar um sorriso, estamos logo prontos a faze-lo um ao outro, mas quando é preciso batalhar e martelar para que os nossos erros, problemas e tristezas desapareçam, também somos os primeiros a lá estar. Considero-o como um irmão, um melhor amigo que sei que estará presente, sendo os dias de sol radiantes, ou os dias de chuva aterrorizantes.


Pedro Miguel Ferreira Gonçalves, um simples nome, uma eterna pessoa, um amigo para todo o sempre.



     AMO-TE