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Maia, Portugal
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Nunca me esqueci de vocês

Tenho saudades dos maravilhosos amigos que fiz o ano passado no campismo. Eles sim apareceram na altura certa e fizeram com que as minhas férias se tornassem nas melhores que alguma vez já passei.
Eu estava com a Rita, a minha prima, na sala de convívio, penso que foi no primeiro ou segundo dia, e estava lá também um grupo de rapazes e raparigas que vieram ter connosco na maior das inocências e quiseram conhecer-nos. Eram então o Fred, a Ana Catarina, a Catarina, o Afonso, o Carlos, o Rui, o Fábio, o Diogo, a Mafalda e a Sofia. Convidaram-nos logo para à noite estarmos com eles, mas tínhamos acabado de conhece-los por isso recusamos e dissemos que ficava para o dia seguinte. Dito e feito. No dia seguinte sempre que passávamos por eles, eles cumprimentavam-nos e diziam que à noite nos vinham buscar à tenda. Andavam sempre todos juntos. De manha fomos para a praia e à tarde decidimos ir ter com eles. Eles levaram-nos até ao campo de futebol que havia fora do parque: queriam jogar. De seguida corremos para a piscina, estava um calor abrasador. Aí ficamos com o número uns dos outros para podermos combinar. Ao final da tarde fomos tomar banho todos juntos e combinamos então encontrarmo-nos na sala de convívio. Eles eram imensamente porreiros e boa onda. Chegou à noite e juntamo-nos todos. Era noite de karaoke e nós fugimos dali e fomos para perto das piscinas. Eu gritava interiormente: Socorro, o Fred está a dar cabo de mim. Ele era lindo. As nossas trocas de olhares não paravam e as mensagens eram instantâneas. Chegou a altura de me recolher para a tenda, prometi-lhe que nos víamos no dia seguinte, mas para ele isso não bastava. Agarrou-me e disse-me nos olhos: Não vás embora, fica aqui comigo. E eu respondi-lhe: Dá-me uma boa razão para ficar aqui. E ele beijou-me e disse-me: esta é a boa razão. Caí redonda nos braços dele e fiquei ali com ele. Com ele e não só, ficamos todos juntos. Fomos para perto da casa dele e sentamo-nos no chão a conversar. As horas voaram. No dia seguinte de manha ele veio-me buscar a tenda para irmos para a piscina. Agarrou na minha mão e entrelaçou-a na dele. Tratou-me como uma namorada. Estava totalmente apanhada por ele, sentia-me óptima ao lado dele. Nesse mesmo dia deu-me a triste notícia que no fim-de-semana ia embora porque tinha um casamento. Era sexta-feira. Fiquei de rastos. Aproveitamos bem o último dia e trocamos uma pulseira. Ao início da tarde chegou a dolorosa e triste despedida. Chorei como uma desalmada e vi o brilho nos olhos dele. Só me abraçava e implorava para não ficar naquele estado e apara aproveitar bem as férias. Virei costas e segui o meu caminho. Olhei para trás e lá ia ele… Mas tudo continuou. Com ou sem ele, teve que continuar. E assim foi. Juntei-me ao nosso grupo e estava tudo um pouco em baixo por causa do Fred ir embora. Mas passou, como tudo, e continuei a aproveitar o resto das férias no parque e fomos todos para a piscina. Os dias passavam e começava a malta a ir toda embora. Cada um me tinha marcado com o seu jeitinho. Ana Catarina – a mais querida; Catarina – a mais maluca; Afonso – o mais chato; Carlos – o mais falador; Rui – o mais divertido; Fábio – o mais velho; Diogo – o mais fofinho; Mafalda – a mais acanhada; Sofia – a mini mulherzinha; Fred - o melhor. Passamos dias todos juntos, na piscina, à noite na praia, na sala de convívio, na sala de jogos, nas tendas, pelo parque, em todos os sítios íamos juntos. Mas como começou a ir tudo embora e só a ficarem alguns, decidimos que tínhamos que conhecer gente nova, não podíamos ficar tão pouquinhos nos últimos dias. Foi então que num dia à noite à porta da sala de convívio, conheci o Leo, o malabarista mais branquelas do Universo que dava de certa forma espectáculos à noite na sala de convívio. Um rapazinho um tanto para o tímido, mas com a sua piada de querer falar. Tinha uma crista enorme, gigante, naquele cabelo loiro mesmo à inglês e o telemóvel dele era o 3310 e não tinha algumas teclas, por isso ele andava sempre com uma caneta atrás e chamava o telemóvel de PDA. Ficou com o meu numero e apelidou-me com a alcunha de "Chouriça" e, assim sendo, "Chouriço" também ele ficou. Adorava beber cerveja e fazer-me companhia na sala de convívio. Ficou com um texto que eu escrevi na piscina e prometeu cola-lo na parede do quarto. No dia seguinte à noite encontramo-nos todos e ele estava com um enorme escaldão nas costas e na cara, era definitivamente um albininho. No dia da desesperada despedida, dei-lhe dois beijinhos e um enorme abraço: NÃO TE VOU ESQUECER NUNCA CHOURIÇO. Sim, porque ele foi um dos que esteve presente até à nossa saída do parque de campismo. Ainda lhe disse adeus pelo vidro…; conheci o Coelho, o rapaz das explicações. Tudo o que ele dizia tinha que ter uma teoria, mas uma teoria aceitável pela parte dele. Detalhava tudo o que dizia ao maior pormenor e nunca estava calado. Ah, para não dizer que ele é que tinha sempre razão e contradizia tudo o que alguém expunha. Ele comia mortalhas e andava sempre com o Leo: tinham ido de férias juntos. Divertia-se a atirar o telemóvel do Leo para o chão e como consequência disso, andávamos todos no chão atrás das teclas. «Vês Coelho, agora o telemóvel não liga!». Ele foi outro que esteve presente na nossa despedida e foi sempre um rapaz muito atencioso; conheci o Samuel, conheci-o à custa do Leo e do Coelho, pois eles já se conheciam. A primeira vez que estivemos juntos foi num bar da praia quando o Leo e o Coelho nos convidaram para nos sentarmos com eles. E conheci também o Filipe, um amigo do Samuel; O Filipe não era um rapaz de muitas palavras, mas mantinha uma boa conversa. Tinha um olho verde e outro castanho, o que me fascinou, eram lindos. Era simpático e prestável, tinha o seu encanto, mas o Samuel era um rapaz que dava nas vistas e por isso despertou a minha atenção desde a primeira vez que o olhei nos olhos. Apresentamo-nos e passado um bocado tivemos que vir embora. Ficamos de nos encontrar na sala de convívio e assim foi. Ficamos lá até tarde. O Samuel tinha vestido umas calças de ganga claras com um buraquinho. Fomos todos até ao parque dos putos conversar um bocadinho, e ficamos lá ainda algum tempo. Eu sentei-me no escorrega com o Samuel e ainda nos rimos bastante à custa disso. O segurança já andava atrás de nós por causa do barulho que estávamos a fazer e então chegou a hora de ir para a tenda. Ao virmos embora, o Samuel pediu-me o número e disse que eu tinha o cabelo bonito, que gostava. Mandou-me mensagem e pediu-me para ir ter com ele, mas já era tarde e disse que não. No dia seguinte à noite voltamos a encontrarmo-nos na sala de convívio e desta vez viemos embora de lá para a tenda mesmo muito tarde. Mas foi uma noite memorável, foi a última noite. Saímos da sala e fomos dar uma volta maior, fomos pelas piscinas, porque o Samuel e o Filipe ficavam por esses lados. Ao despedir-me do Samuel, beijamo-nos. Fiquei um pouco constrangida e tinha que vir embora. Era a minha última noite no parque e não o ia ver tão cedo. Alias, acho que naquela noite foi a última vez que o vi. Mas a partir daí começamos a falar todos os dias, inclusive quando começaram as aulas. Estava fascinada, adorava-o. Adorava-o e adoro-o…
E assim se passaram 9 dias de férias no parque de campismo de São Pedro de Moel (19, 20,21,22,23,24,25,26 e 27 de Agosto), as melhores férias que já tive. Se pudesse voltava lá este ano e repetia o ritual do ano passado, sem tirar nem pôr. Tenho saudades, imensas saudades deles todos sem excluir ninguém. Só eu sei o quão me custa estar longe deles…

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