Uma tarde cansativa repleta de arrumações: pó, aranhas, atchins, vassouras, baldes, teias, sprays e panos.
Ao ver aquele casarão, sim, era mesmo um enorme casarão carregado de cem anos em cima, fiquei assustada e boqueaberta. A porta que dava ao pátio era enorme e de ferro; chiava quando a abríamos e era pesada ao fechar. Viramos à esquerda e entramos no salão, o dito cujo sítio da mega festa. Estava o caos completo, não sabíamos por que ponta haveríamos de começar. Ficamos a analisar o espaço durante um longo pedaço e entretanto fomos conhecer o resto da casa. Saímos do salão e entramos num hall que tinha umas escadas em forma de caracol que ao subir faziam barulho; tinha quartos com quadros na parede, como nas casas antiquíssimas e como aparece nos filmes de terror. Fiquei aterrorizada. Tantos quartos, tudo tão estreito, aquelas escadas, dois andares, e aquele salão... Já durante o dia ficamos receosos, imaginamos então como seria passar uma noite naquela casa enorme, como vamos passar daqui a alguns dias.
Depois de tanto pensarmos e organizarmos as ideias, conseguimos limpar, varrer, esfregar, berrar, dançar, comer (lanchar e jantar), rir, passear, fotografar, brincar, jogar, aterrorizar e afins. Muito trabalho tivemos e muito trabalho ainda vamos ter. Ansiosas e cansadas nos mantivemos. Um longo dia nos esperou, que conseguimos alcançar os nossos objectivos e lidar com as nossas próprias situações.
Um dia cansativo, mas compensador.
Bárbara, Carolina, Inês, Nelson, Rita
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