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Maia, Portugal
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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

não consigo amar... desde aquele dia...

Frustração permanece no meu estado. Não consigo falar o que devia e estou a ser hipócrita e falsa ao ponto de não expulsar a mágoa que tem corrido ao longo dos dias. "Está tudo bem" , "Isto passa" , "Não há-de ser nada" , "Deixa andar" , são pensamentos diários e enganadores. Porque é que não consigo encarar a realidade? Porque é que não consigo fazer com que as palavras certas e verdadeiras saiam? Talvez porque tenho medo. Medo de magoar, mais uma vez. Medo de ser mal interpretada. Medo de perder. Porque é que tentei conquistar e agora só quero desistir? Porque é que estava contente e deslumbrada e agora estou triste e sufocada? Há coisas que são demasiado fáceis e «facilidades não se conjugam comigo». Mas porquê? Porquê e para quê complicar o que está fácil de se ver e de se conseguir? Não entendo. Sinceramente isto passa-me ao lado e é uma das muitas e pesadas questões que nunca irei entender nem conseguir interpretar.

Desde aquele dia, desde aquele santo dia que me disseste que tudo acabou, que não havia mais por onde agarrar, que a solução do problema tinha diluído e que nunca mais iria flutuar, nunca mais fui a mesma.
Eu amava-te. Foste o primeiro amor da minha vida e foi desde aí que tudo mudou. Contigo passei por experiências incríveis, cresci, evoluí, aprendi. Foi um acumular de situaçoes que só eu consigo sentir e guardar, completamente impossíveis de exprimir. Foste um tudo e contigo eu era tudo e agora tornei-me num nada. Não te culpo por nenhuma situaçao nem por nenhum problema hoje existente, porque tu és tu e sempre serás. Mas foi a partir daquele dia que fiquei assim.

Comecei a ser hipócrita com os meus sentimentos. Comecei a conquistar e a fazer com que me conquistassem para depois chegar ao fim e desistir, porque deixei de gostar, porque já não sinto nada, porque a pessoa já não significa nada para mim, por estar a ser demasiado fácil.

Terei eu algum problema? Tenho reparado que preciso de ser alvo de constante tristeza para perceber que perdi quem gostava realmente de mim e que só quando não temos connosco quem nos ama mesmo, é que percebemos as asneiras e os erros que cometemos em magoarmos essas pessoas.

Mas quem sou eu? Mas o que faço eu? Mas que digo eu? Sou uma miúda de 16 anos que pensa, divaga, explora, questiona-se e já tem este tipo de problemas? Se é que se pode chamar como tal. Penso assim, mas também penso no que pode ter surgido, o que pode ter acontecido com o meu sistema sentimental, que afectou este pedaço meu tão importante e essencial na minha vida, desde aquele dia...

Pelos vistos tenho prazer em andar em baixo de forma e triste comigo mesma para perceber o quão as pessoas significam para mim. Por isso, quando tentarem apenas falar comigo, lembrem-se que as facilidades não estão no mesmo plano que eu e que gosto de lutar por aquilo que quero e não ter o que desejo sem suar para o conseguir.

Já não sei o que digo, nem como reagir nem tão pouco o que fazer ou como actuar, apenas quero encontrar a saída deste gigante labirinto que me vem a atormentar desde aquele dia...

1 comentário:

  1. o ano novo vem ai pequenina , as coisas melhoram vais ver . estou a torcer por ti *

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